Afasia

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Afasia: o que é, quais são os sintomas, causas e tratamentos

A afasia é explicada como uma perturbação de linguagem, que afeta a capacidade de comunicação.

A população nos países ocidentais tem vindo a envelhecer gradualmente e sempre acompanhada pelo aumento de pessoas com alterações da comunicação resultantes de doenças cerebrais agudas ou progressivas.

 

A afasia é um distúrbio da comunicação que interfere na capacidade de processamento da linguagem, sem afetar a inteligência. Prejudica a fala e a compreensão de outras pessoas e, em muitos casos, também compromete a leitura e a escrita.

 

Das causas mais associadas, estão o AVC - Acidente Vascular Cerebral, os tumores cerebrais, as doenças degenerativas, como o Alzheimer, ou impactos na cabeça que atacam o hemisfério esquerdo do cérebro, ou as regiões frontais e temporais.

 

Dados do IPA - Instituto Português da Afasia revelam que, a prevalência de pessoas com afasia em Portugal ronda os 40.000. Nos EUA existem quase dois milhões de pessoas com afasia, mais de 150.000 em Espanha, 250.000 em França e 370.000 em Inglaterra.

 

 

Tipos de Afasia

 

Não existem duas pessoas que sofram de afasia do mesmo modo. A sua gravidade e extensão dependem, da localização e da magnitude da lesão cerebral, da competência linguística anterior e da personalidade da pessoa.

 

De acordo com a neuropsicologia, é possível distinguir dois grandes grupos de afasias, segundo as lesões cerebrais de localização precisa: o grupo das afasias de expressão e o das sensoriais ou de receção.

 

Afasia de Wernicke (receção ou sensorial): as pessoas têm dificuldade em compreender a linguagem e a escrita. Costumam falar fluentemente e com um ritmo natural, mas as frases saem formuladas com palavras confusas.

 

Afasia de Broca (expressão, motora): a capacidade de produzir palavras é prejudicada, mas a compreensão e capacidade de formar um conceito são relativamente preservadas.

 

 

Afasia: quais os sintomas e diagnóstico

 

Se a pessoa passar a falar frases curtas ou incompletas, que não fazem sentido, ou se trocam uma palavra pela outra, esses são sinais de alerta.

 

Muitas das pessoas que padecem deste transtorno podem também apresentar paralisia ou fraqueza dos membros superior e inferior direitos. Além disso, pode ainda ocorrer perda de campo visual, desconhecimento de como realizar sequências de ações simples, problemas de memória, dificuldade no controlo de emoções e epilepsia.

 

O diagnóstico da afasia é, por isso, feito por especialistas, com base em quatro provas específicas:

 

Análise do discurso: A fala espontânea é avaliada por fluência, número de palavras faladas, capacidade de iniciar a fala, presença de erros espontâneos, entre outros.

 

Nomeação de objetos por confrontação visual: é pedido aos pacientes que apontem objetos nomeados pelo médico e que indiquem o nome.

 

Repetição de palavras: é solicitado que os pacientes repitam frases e palavras gramaticalmente complexas.

 

Compreensão de ordens simples: os pacientes devem responder a perguntas mais simples e complexas com "sim" ou "não".

 

Para além destas provas, é essencial a identificação da lesão cerebral, que pode ser conseguida através das TAC (tomografia computorizada) e ressonâncias magnéticas cerebrais.

 

 

Como se trata a afasia?

 

O tratamento da afasia deve ser orientado pelo neurologista, e depende da sua causa, podendo ser recomendada cirurgia, no caso de tumor no cérebro, ou uso de fármacos, no caso do AVC. De um modo geral, o tratamento dos diferentes tipos de afasia envolve programas de reabilitação da linguagem, principalmente através da terapia da fala. Muitas vezes, é importante que a pessoa com afasia vá acompanhada às sessões de terapia da fala, para que o terapeuta possa dar algumas recomendações:

 

  • Utilizar frases simples;
  • Falar devagar;
  • Permitir que a pessoa com afasia fale sem ter pressa;
  • Não tentar completar as frases da pessoa com afasia;
  • Utilizar desenhos e gestos para explicar uma ideia;
  • Fazer perguntas cuja resposta é “sim” ou “não”;

 

No tratamento desta patologia é importante a discussão de casos clínicos e a intervenção de uma equipa multidisciplinar, para refletir a prática clínica e a autoaprendizagem.

 

 

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